segunda-feira, 26 de outubro de 2009
Eternamente Chanel!
Todos sabem algo sobre Mademoiselle Chanel. Seja pelo pretinho básico, pelo nome do corte de cabelo ou pelas frases memoráveis, ela é lembrada sempre, mesmo pelas novas gerações.
A revolucionária Coco Chanel é responsável pelas principais transformações na história da moda.
Nascida em Saumur, França, em 1883, Chanel chegou a Paris aos 16 anos. Logo conheceu o milionário criador de cavalos, Etienne Balsam, de quem tornou-se amante. Mais tarde, em 1910, conseguiu, com ajuda de amigos e do próprio Balsam, abrir sua primeira loja, onde vendia chapéus.
Foi também noiva do herdeiro inglês do carvão Arthur Capel, que a ajudou a abrir sua segunda loja em Deauville, na época um centro elegante da França. Capel morreu em 1924, vítima de um acidente automobilístico.
Em 1925, Chanel iniciou uma estreita amizade com o duque de Westminster, que a situou no mais alto escalão da aristocracia parisiense. Amiga também do compositor Stravinski - o qual se apaixonou por ela -, o coreógrafo Diaghilev, a bailarina Isadora Duncan, os artistas Jean Cocteau, Picasso, Salvador Dalí e outros igualmente célebres, Chanel esteve sempre ligada às principais correntes artísticas da primeira metade do século 20.
Os excessos da indumentária do início do século 20 a incomodavam e ela transformou essa discordância em inspiração, revelando o luxo do básico, uma amante da moda masculina.
Chanel libertou a mulher das faixas e cintas, dos corpetes apertados, das saias amplas de múltiplos babados.
Ela introduziu na alta-costura o jérsei de malha, os trajes de tecidos xadrez e a moda escocesa, com blusas de malha fina, as calças boca-de-sino, as jaquetas curtas e os casacos cruzados na frente e acinturados em estilo militar.
Para a noite, Chanel criou vestidos em negro metálico, vermelho escarlate ou bege. Laços e paetês eram os únicos enfeites e não impediam que as mulheres se movimentassem com rapidez, ágeis como pedia a estética de um século onde tudo se tornava automatizado.
O vestido negro, simples, com gola e mangas largas e punhos, a jaqueta de corte reto e a saia simples foram inovações da estilista.
O famoso “pretinho básico" marcou época, seus modelos simples, ao alcance da mulher de bom gosto e de poucos recursos, foram muito imitados e confeccionados em mais categorias de preços do que qualquer outra criação da alta-costura.
Foi ela também quem introduziu as falsas jóias ao mundo da moda. Chanel sempre gostou de usar muitos acessórios, como colares de correntes ou pérolas de várias voltas.
Chanel morreu em Paris, no dia 10 de janeiro de 1971, aos 87 anos, em sua suíte particular no hotel Ritz.
Para quem quiser entrar e conhecer um pouco mais do universo dessa estlista, uma das mais importantes da história da moda, não deixe de assistir o filme Coco Antes de Chanel de Annei Fontaine com estréia no Brasil marcada para o dia 30 de Outubro.
Algumas frases de Coco Chanel:
Sou contra uma moda que não dure. É o meu lado masculino. Não consigo imaginar que se jogue uma roupa fora, só porque é primavera."
"Uma mulher vestida de claro raramente fica de mau-humor.""A natureza nos dá o rosto dos 20 anos. A vida modela o dos 30. Mas temos que merecer o rosto dos 50.""Aos 50 anos a mulher é responsável por seu rosto. Ninguém é jovem aos 50. Costumo dizer aos homens: acham que ficam mais bonitos carecas?"
"Sou a última do meu gênero. Não terei sucessores. Espero apenas que o meu exemplo não seja esquecido muito depressa".
"A roupa deve ser, antes de tudo, cômoda e prática. É a roupa que deve adaptar-se ao corpo e não o corpo que deve deformar-se para adaptar-se à roupa".
"A moda, como a arquitetura, é uma questão de proporções"."As roupas velhas são como velhos amigos. Nós os conservamos. Gosto de roupas como gosto de livros: para pegar, mexer nelas."
"Os homens que querem se fazer notar pelas roupas são uns cretinos. As mulheres podem sobreviver a quase todas as formas de ridículo; um homem ridículo está perdido, a menos que seja gênio."
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